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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Há 30 anos morria Elis Regina - Revista Veja de 1982

É impossível não sentir falta...

Reportagem da VEJA em 27 de janeiro de 1982
        
          A morte da melhor cantora brasileira provocou um choque nacional, assim que a notícia circulou pelo rádio e pela televisão na manhã da última terça-feira. Cheia de vitalidade nos seus 36 anos, Elis Regina de Carvalho Costa, três filhos, passou metade de sua vida em estúdios, distribuindo uma voz impecavelmente afinada por 27 LPs, catorze compactos simples e seis duplos, que venderam algo como 4 milhões de cópias. Não é um recorde – Roberto Carlos vendeu quatro vezes mais –, mas a qualidade é tão boa que lhe assegurou uma das mais sólidas reputações da música popular brasileira. Sua morte, no apartamento que ocupava nos Jardins, em São Paulo, foi chorada com lágrimas canções entoadas por 25 000 fãs, amigos e parentes que a visitaram no velório do Teatro Bandeirantes, palco de seu maior sucesso, o show 'Falso Brilhante", no centro de São Paulo. Cerca de 1000 pessoas integraram o lento cortejo que atravessou a metade da capital paulista para enterrá-la, quarta-feira, à tarde, no cemitério do Morumbi.


         Menos de 48 horas depois de seu desaparecimento, veio o segundo choque, talvez o pior. Desde a véspera, um véu de obscuridade cercava a morte da cantora -a médica que a recebera no Hospital das Clínicas, para onde havia sido levada já sem vida, não fornecera o Atestado de Óbito por sentir-se impossibilitada de concluir por uma morte natural, o cadáver foi assim remetido para autópsia no Instituto Médico Legal. Feitos os exames, emergiu uma sombria conclusão: Elis Regina, dizia o laudo médico, morreu pela intoxicação combinada de bebidas e cocaína. Antes da divulgação do laudo, no início da noite de quarta-feira, o diretor do IML, o polêmico legista Harry Shibata, telefonara para um amigo , o diretor do DOPS, Romeu Tuma, com uma dúvida. "Só me restam, a esta altura, duas hipóteses", expôs Shibata. "Ou foi barbitúrico ou então a ingestão de cocaína com álcool, por via oral, que provocaram a morte. Você sabe me dizer se alguém toma cocaína diluída em líqüido?" Tuma não sabia, mas consultou delegados especializados em drogas e a resposta foi positiva: um deles esclareceu que está em moda a mistura de cocaína com uísque, para potencializar o efeito da droga.


RESISTÊNCIAS FAMILIARES - O laudo, enfim divulgado na manhã de quinta-feira pelo delegado Geraldo Branco de Camargo, que comanda o inquérito aberto sobre a morte da cantora, é cauteloso e claro. "Na necrópsia procedida nada encontramos digno de especial menção que pudesse explicar a morte –, escrevem os legistas José Luiz Lourenço e Chibly Hadad, que assinaram o documento. O exame toxicológico, de suma relevância no caso, dada a negatividade dos achados da necrópsia, veio nos fornecer a resposta da causa mortis", acrescentam. Os dados desse exame levaram os dois legistas a concluir que "a quantidade de álcool etílico encontrada em nível sangüíneo revelou estar a vítima sob estado de embriaguez e a presença de cocaína caracterizando o estado tóxico, que em somatória podem responder pelo evento letal".

Um comentário:

  1. Oi, Sol. Gostei do blog! Gostaria de receber provas anteriores do incp para o cargo de fiscal do meio ambiente, almoxarife ou auxiliar de creche para o concurso de Quissamã. Desde de já, obrigado, Marta. Email: martaalves2907@gmail.com

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